Um Jair Bolsonaro irritado e sem paciência apareceu a um grupo de apoiadores nos portões do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (3). Em uma possível nova interferência na Polícia Federal, já que os dados sobre o processo e pedidos de prisão são sigilosos, o chefe do Executivo insinuou que brevemente o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, será preso em ação que investiga desvios na Saúde.
Quando um apoiador falava sobre o governador, Bolsonaro interrompeu e disse que ele será preso: “Não vou conversar com o Witzel, até porque brevemente a gente sabe onde ele deve estar…[preso]”.
Sem mostrar qualquer tipo de relevância ao fato, mais uma vez o presidente apresentou-se como aquele se que contrapõe ao sistema e acenou com um golpe de Estado: “É um sistema que a gente tem pela frente, mas vai chegar um ponto que vai passar o limite de muita gente”.
De forma que pareceu ensaiada, os bolsonaristas sucederam-se em fala contra os governadores, acusando-os de autoritarismo e pedindo intervenção de Bolsonaro. Os alvos foram os governadores da Bahia, Rui Costa (PT), do Pará, Helder Barbalho (MDB), e de Pernambuco, Paulo Câmara (MDB).