O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou parcerias com Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) nas próximas eleições e disse que cada um tocará o seu projeto.
Em fala reproduzida em seu perfil no Twitter, na noite de hoje, Lula afirmou que ambos optaram por escolher seu próprio caminho naquilo que definiu como a “reconquista da democracia”.
“A Marina escolheu outro caminho. Que Deus a abençoe. O Ciro decidiu que quer o voto de quem odeia o PT. Que vá com Deus. Se for possível construir um projeto pra reconquistar a democracia, tamo junto. Mas na eleição cada um vai tocar seu projeto”, disse o petista.
Em entrevistas, Ciro Gomes já adiantou que não fará campanhas ao lado de Lula por representar uma coisa muito diferente do chamado “lulopetismo”.
“Se ele quiser me apoiar, eu evidentemente não posso ser arrogante porque quero unir o Brasil. Evidentemente que eu não vou dizer ‘não aceito’. Eu não tenho esse direito, nem cultivo isso. Eu cultivo muito a humildade. Agora estou só por apreço à sua pergunta dizendo que não faria campanha porque nós representamos valores muito distintos”, afirmou. “Isso é completamente impossível, o Lula prefere o Bolsonaro a mim. Já demonstrou isso.”
Apesar das declarações, Ciro Gomes foi um dos críticos à prisão de Lula em 2018 e tentou visitar o ex-presidente na sede da Polícia Federal em Curitiba.
As relações entre os dois foram definitivamente rompidas depois de ter sido frustrado o plano de uma chapa presidencial na eleição de 2018 encabeçada por Ciro e com Fernando Haddad (PT) como vice. Os dois acabaram saindo candidatos em chapas separadas, com o pedetista caindo no primeiro turno e o petista sendo derrotado no segundo por Jair Bolsonaro (à época no PSL, hoje sem partido).
UOL