O presidente Jair Bolsonaro e aliados bateram boca com jornalistas em tom exaltado nos portões do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (29). Com vários deputados e aliados, entre eles Carla Zambelli, Bia Kicis e Hélio Lopes, ele disparou ataques à imprensa e acusou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), pelas 2.049 mortes de Covid-19 no estado.
Bolsonaro começou a coletiva acusando a Rede Globo de manipular sua fala. Ontem, Bolsonaro disse “e daí?” quando questionado pela emissora a respeito das vítimas de Covid-19.
“A gente lamenta as mortes, a gente sabia que isso ia acontecer. Agora quem tomou as medidas restritivas foram os prefeitos. Agora desde o início eu me preocupei com vidas e emprego. Agora o estado de São Paulo é o que mais tem óbitos, então perguntem por que ele (Doria) tomou medidas tão restritivas, que eliminou um milhão de empregos, e continua morrendo gente. Vocês não vão botar no meu colo essa conta. Não sejam agressivos de querer botar no meu colo uma conta que não é minha”, disse Bolsonaro.
“A Globo é mentirosa”, disse ele, enquanto seus apoiadores gritavam: “vergonha, vergonha”.
Os parlamentares do PSL cobraram que a população exija a cada governador o fim da quarentena. “Em vários locais não existem casos de coronavírus”, defendeu Zambelli.
Ao terminar a coletiva, Bolsonaro ofendeu um jornalista. “Essa pergunta é tão idiota que eu nem vou responder”.
Brasil 247