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OMS alerta que os Estados Unidos podem se tornar o novo epicentro da pandemia de coronavírus

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira, 24, que os Estados Unidos podem se tornar o novo epicentro da pandemia de coronavírus, em meio a uma “grande aceleração” no número de casos.

Nas últimas 24 horas, 40% dos novos casos de Covid-19 foram registrados em território americano, de acordo com a OMS. Em uma coletiva de imprensa, a porta-voz da organização, Margaret Harris, foi questionada sobre a possibilidade dos Estados Unidos se tornarem o novo epicentro da doença.

“Estamos observando uma grande aceleração nos casos nos EUA. Então, sim, o país tem esse potencial”, respondeu. “Eles [os Estados Unidos] têm uma epidemia muito grande e que está crescendo em intensidade”, acrescentou Harris.

Os Estados Unidos têm atualmente 43.499 casos confirmados de coronavírus e 537 mortes. Autoridades locais já expressaram preocupação de que o país possa ultrapassar a Itália e até a China em número de contaminações.

Reativação da economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está cogitando medidas para reativar a economia, apesar de o coronavírus altamente contagioso estar se disseminando rapidamente e os hospitais estarem se preparando para uma onda de mortes relacionadas ao vírus.

Larry Kudlow, o principal conselheiro econômico de Trump, disse à rede Fox News nesta segunda-feira 23: “O presidente está certo. A cura não pode ser pior do que a doença. Teremos que fazer algumas escolhas difíceis”. A Casa Branca estudará “várias coisas”, disse ele.

Uma semana atrás, Trump emitiu diretrizes que disse objetivarem a desaceleração da proliferação da doença ao longo de 15 dias, inclusive a restrição a viagens desnecessárias. A atividade econômica foi suspensa em alguns estados.

Na noite de domingo, Trump tuitou: “Não podemos deixar a cura ser pior do que o próprio problema”, acrescentando que, ao final do período de 15 dias, “tomaremos uma decisão sobre qual caminho queremos seguir”.CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Trump, que esperava capitalizar uma economia vibrante em sua campanha para a eleição de 3 de novembro, agora contempla a possível perda de milhões de empregos. Muitos de seus aliados republicanos temem que o fardo imposto à economia dificulte a conquista de mais um mandato de quatro anos.

Os casos de coronavírus aumentaram mais de 15 vezes desde as diretrizes da semana passada. Os hospitais da cidade de Nova York podem entrar em crise em dias, disse o prefeito Bill de Blasio, no domingo. “Se não conseguirmos mais ventiladores nos próximos 10 dias, morrerão pessoas que não precisariam morrer”, afirmou.

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