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João Azevêdo destaca importância do São João de CG, mas não descarta pedir o cancelamento da festa se for preciso: “nesse momento está proibido”

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O governador João Azevêdo (Cidadania), durante entrevista na manhã desta terça-feira (24), saiu em defesa e destacou a realização do “Maior São João do Mundo”, em Campina Grande, mas não descartou pedir o seu cancelamento, mesmo com as datas alteradas. Isso porque o prefeito da Rainha da Borborema, Romero Rodrigues (PSD), anunciou que o evento, que aconteceria normalmente entre os meses de junho e julho, foi remarcado para outubro e novembro deste ano, por causa das ações de combate ao novo coronavírus (Covid-19).

O governador foi enfático ao afirmar que entende o quanto festas como essa são importantes para economia local, mas que, devido ao momento de pandemia vivido pelo surto do novo Coronavírus, com as pessoas em isolamento social e a economia paralisada, eventos como esse estão proibidos até segunda ordem.

“Já no primeiro decreto, eventos que geram aglomeração estão suspensos no Estado da Paraíba. Se algum prefeito insistir em realizar festas de padroeiras, que eu até entendo ser importante para uma cidade, para marcar as vezes o aniversário e emancipação de um município, mas nesse momento está proibido. Temos órgãos ao nosso lado que nos ajudarão a impedir literalmente que ocorra um evento como esse. Não pode haver aglomeração. Se estamos impedindo o funcionamento do comércio nas cidades que já tem caso [de coronavírus], proibindo cinema, teatro, cultos religiosos que há concentrações, imagina uma festa”, afirmou o governador em entrevista ao programa Paraíba Verdade, da Arapuan FM.

Cogitado sobre a possibilidade de cancelamento da festa, o chefe do Executivo estadual garantiu que se a pandemia estiver totalmente controlada, não há problemas em ser realizada, porém, se o surto permanecer, o São João, bem como as demais festas juninas tradicionais serão canceladas. Para isso, o Chefe do Poder Executivo buscará, inclusive, a ajuda do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), com o intuito de garantir a proibição.

“Eu sou a favor de, se lá nesse período estivermos com uma situação totalmente controlada, se não, tem que cancelar, não tem jeito. Isso é um novo momento da história que esse país está vivendo. Não significa dizer que cancelar um São João hoje como o de Campina Grande seja o final dele, de forma nenhuma. Se o perfil epidemiológico do Estado, quando passar esses três meses, que é o que se imagina, a gente tiver passado por essa situação, até pode se admitir, se não, nós vamos voltar a ter um problema muito sério que é uma contaminação maior ao se concentrar milhares de pessoas em um mesmo local. Então, nós vamos avaliar sim e o Estado, pelo poder que temos, junto o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, nós poderemos impedir a realização de um evento nessa proporção”, concluiu João Azevêdo.

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