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Flávio Bolsonaro lavou até R$ 1,6 milhão em loja de chocolate, diz Ministério Público

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O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que o senador Flávio Bolsonaro lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias e com sua loja de chocolates em um shopping da Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.

As operações tiveram como semelhança o uso de grande quantidade de dinheiro vivo. Para a Promotoria, a origem desses recursos em espécie é o esquema de “rachadinha” no antigo gabinete do senador na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), operado por Fabrício Queiroz, seu ex-assessor.

De acordo com a investigação, o objetivo com a lavagem de dinheiro é viabilizar que o dinheiro vivo obtido ilegalmente ganhe ares de legalidade ao integrarem o patrimônio do senador e de sua loja, da qual tem 50% da sociedade.

A prática da “rachadinha” consiste em coagir servidores a devolver parte do salário para os parlamentares. Além de lavagem de dinheiro, a Promotoria investiga a prática de crimes como peculato, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

Filho mais velho de Jair Bolsonaro, o senador nega as irregularidades apontadas pela Promotoria. Ele criticou o juiz Flávio Itabaiana, que conduz o caso, e os promotores responsáveis. O presidente da República disse não ter “nada a ver” com a investigação.

O Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) diz que a maior parte da lavagem se deu na franquia da Kopenhagen de Flávio no Shopping Via Parque.

O volume de depósitos em dinheiro vivo na conta da empresa era desproporcional em relação a negócios semelhantes, afirma o MP-RJ. Os investigadores afirmam também que essas entradas de recursos em espécie coincidiam com datas em que Queiroz arrecadava parte dos salários dos empregados do então deputado estadual.

A quantidade lavada na loja, segundo o Ministério Público, pode chegar a R$ 1,6 milhão entre 2015 e 2018. Os depósitos de dinheiro vivo nas contas do estabelecimento teriam como objetivo “esquentar” os recursos obtidos ilegalmente, segundo a Promotoria. Eles poderiam simular vendas fictícias feitas pela empresa, dando aparência legal ao recebimento.

 

Folha

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