Cabeça pensante da nova geração do tucanato brasileiro, o deputado federal Pedro Cunha Lima, embora filiado ao PSDB, não esconde a admiração por movimentos apartidários que começam a ganhar força no cenário político brasileiro.
Defensor da candidatura avulsa – quando uma pessoa não filiada a um partido pode se candidatar – Pedro reconhece a importância das legendas, mas cobra um melhor funcionamento dos partidos para que eles continuem fazendo sentido na democracia.
“Defendo, sobretudo em favor da liberdade de escolha. Eu acredito que por mais que um partido cumpra o papel de organização, não é proibindo outras alternativas que a gente vai fazer com que democracia funcione bem. Então a justificativa é sobretudo liberal. Eu vejo como algo que vem para gerar uma concorrência positiva e os partidos perceberem que precisam funcionar de uma melhor maneira, se não a candidatura avulsa vai acabar ocupando esse espaço”, disse Pedro.
O tucano já cobrou em outras oportunidades – incluindo falas creditadas ao grupo ‘cabeças pretas’ (lideranças jovens) do PSDB – uma mudança de postura do partido e repetiu a dose em entrevista a um programa de rádio na última semana.
“Espera-se sintonia mínima com atitudes novas com a população. Você vê um partido como o Partido Novo, que está trazendo atitudes novas e tentando sair um pouco da caixa. E é isso que eu fico querendo que o PSDB faça. Tente mudar um pouco a maneira, uma programação de atuação”, disse na ocasião.
Além dos elogios ao Partido Novo, o tucano também mostrou que flerta com outros movimentos apartidários. “Alguns partidos estão surgindo e alguns movimentos como o Acredito e o Agora! Que para mim tem muito mais o espírito e a sensibilidade de fazer algo acontecer. Sabe-se se lá se daqui a pouco vai precisar de partido? Hoje tem o celular. A tecnologia talvez supra essa necessidade. Você não quer estar filiado a um partido, mas acompanhar causas e a tecnologia hoje supre isso. É um tempo novo que precisa ser melhor compreendido”, analisou.
Fonte: Giro PB