O ano de 2020 ainda nem chegou, mas as eleições municipais já estão em clima de ebulição. Recordista de votos em João Pessoa nas eleições proporcionais de 2018, o deputado estadual Walber Virgolino, filiado ao Patriotas, garante que só Deus impedirá sua candidatura a prefeito da Capital.
No bunker girassol, é o nome que mais preocupa.
O prognóstico até o momento, contudo, é de que o delegado poderá não contar com o apoio de muitos partidos, diz que seus eleitores são exigentes e adianta que jamais se coligará com ” certas pessoas”, tampouco abrirá mão de disputar 2020. Garante que em nenhuma hipótese sairá do páreo.
A persistência de Walber pode ser explicada na força do eleitorado antipetista em João Pessoa, manifestada com a sua votação em 2018.
Menos pela ligação tímida com o presidente Jair Bolsonaro, ícone da direita nacional, corrente política de que faz parte. Mais por conhecer demais as estranhas do governo Ricardo Coutinho, a quem acusa de perseguição implacável a um servidor público concursado que sofreu corte de salários e até grampos telefônicos ilegais, pelo simples fato de combater o crime organizado que se instalou na gestão girassol.
Questionado se aceitaria participar de um debate com Ricardo Coutinho, Walber
Virgolino responde na lata: “Eu não tenho medo dele, porque minha trajetória é de combate a corrupção, a dele é de fomentar a corrupção. Estou acostumado a combater o crime e será muito bom encontrar o ex-governador no debate eleitoral”, avisa.
Embora o histórico eleitoral de João Pessoa demonstre que um candidato a prefeito só é competitivo quando conta com o apoio do Governo ou da Prefeitura, os tempos são outros.
Será Walber Virgolino o “Bolsonaro de 2020”?
Ytalo Kubitschek
