O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, assumiu, na tarde desta quarta-feira (20), o Governo do Estado da Paraíba, cargo que conduzirá até a próxima segunda-feira (25). A transmissão de cargo ocorreu no Salão Nobre do Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa, ocasião em que, como governador, Márcio Murilo declarou que zelará para que a instituição funcione normalmente na ausência do gestor do Executivo, sem planos de gestão ou de enfrentar situações diferenciadas.
Na oportunidade, o chefe em exercício do Executivo afirmou que o fato não significava o ápice de sua carreira, mas, uma situação constitucional a ser cumprida. A posse de Márcio Murilo cumpre uma linha sucessória constitucional, visto que João Azevêdo está em viagem, a vice-governadora Lígia Feliciano cumprirá agenda de seu partido no Rio de Janeiro e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino, também está em viagem, sendo dever do presidente do TJPB governar a Paraíba no período.
Márcio Murilo expôs, ainda, que o desafio a ser encarado nos próximos dias é se afastar do julgamento de processos. “Ser presidente do Tribunal não é uma situação muito cômoda para quem foi formado há mais de 30 anos para ser julgador. Agora, nesses poucos dias como gestor temporário do Estado da Paraíba, o desafio é ter a paciência para estar afastado do que eu gosto, do que amo fazer, que é julgar processos”, afirmou.
Durante a cerimônia, a governadora interina, Ana Lígia Costa Feliciano (vice-governadora), lembrou que, ao assumir o cargo, na ausência do governador João Azevêdo, o Governo continuou o mesmo, havendo, no entanto, um fator simbólico: a chegada de uma mulher ao cargo de governadora da Paraíba.
Ao transmitir o cargo para o presidente do TJPB, Lígia Feliciano afirmou, ainda, que a governança do Estado é feita pelos três Poderes: o Executivo, na figura do governador; o Legislativo, representado pelo deputado Adriano Galdino, que também está em viagem; e o Judiciário, que, legitimamente, assume o comando do Estado, na pessoa de Márcio Murilo da Cunha Ramos.
“Essa passagem demonstra que há total harmonia entre os Poderes e respeito à instituição da Justiça na nossa Paraíba”, concluiu.