A Paraíba passou a integrar a lista de estados com transmissão ativa do sarampo. Os municípios paraibanos somam cinco casos da doença. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, correspondente ao período de 30 de junho a 21 de setembro.
Além da Paraíba, o Ceará também entrou para a lista dos estados com transmissão ativa do sarampo. O Brasil registra 4.507 casos confirmados de sarampo em 19 estados, nos últimos 90 dias, o que representa um crescimento de 13% em relação ao último monitoramento.
Do total nacional, 97,5% dos registros estão concentrados em 168 municípios de São Paulo, principalmente na região metropolitana. O atual boletim apresenta, ainda, 21.711 casos em investigação e 5.818 que foram descartados. Não há novos registros de óbitos.
Os casos confirmados nesse período representam 84,3% do total no ano de 2019. A maioria dos registros está em São Paulo (4.374), seguido do Rio de Janeiro (22), Pernambuco (22), Minas Gerais (22), Santa Catarina (12), Paraná (13), Rio Grande do Sul (7), Ceará (5), Paraíba (5), Maranhão (4), Goiás (4), Rio Grande do Norte (4), Distrito Federal (3), Pará (3), Mato Grosso do Sul (2), Piauí (2), Espírito Santo (1), Bahia (1) e Sergipe (1).
O sarampo é uma doença viral aguda similar a uma infecção do trato respiratório superior. É grave, principalmente em crianças menores de cinco anos, desnutridos e imunodeprimidos. A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o vírus sarampo.
Apesar da faixa etária de 20 a 29 anos apresentar o maior número de casos confirmados registrados, a incidência de casos em menores de 1 ano é 10 vezes maior em relação à população em geral. A cada 100 mil habitantes, 64 crianças nessa faixa etária obtiveram confirmação para o sarampo. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a 4 anos. Neste ano, foram confirmados quatro óbitos por sarampo: três óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade; e um óbito em um indivíduo de 42 anos. Nenhum dos quatro casos eram vacinados contra a doença.
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