O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou ao Nordeste pela segunda vez em menos de um mês. O destino foi novamente a Bahia, onde visitou Sobradinho, localizada a 602 quilômetros de Salvador. Lá, ao ser confrontado novamente com a polêmica frase em referência aos -governadores de paraíba-, voltou a assegurar que não tem preconceito com nordestinos. E foi além: afirmou que os governadores do Nordeste querem transformar a região em uma Cuba.
Bolsonaro voltou a apresentar a releitura da própria frase, alegando que quand0 falou dos -paraíbas- fez referência apenas aos governadores do Marnahão, Flávio Dino (PCdoB), e da Paraíba, João Azevêdo (PSB). Em um vídeo postado nas redes sociais do deputado federal Claudio Cajado (PP-BA), gravado durante o evento, Bolsonaro disse que para ser -cabra da peste- só está faltando -crescer um pouquinho a cabeça-. A referência costuma ser usada de forma pejorativa, para dizer que nordestinos têm -cabeça grande- ou -cabeça chata-.
-Não estou aqui com colegas nordestinos para fazer média. […] Mas não existe esta questão de preconceito. Eu tenho preconceito é com governador ladrão que não faz nada para o seu estado-, afirmou o presidente. Bolsonaro voltou a alegar que os governadores escondem que as obras, nos estados, que têm convênio com o governo federal. -Não vou negar nada para o estado. Mas se eles [governadores] quiserem que realmente isso tudo seja atendido, eles vão ter que falar que estão trabalhando com o presidente Jair Bolsonaro. Caso contrário, eu não vou ter conversa com eles e vou divulgar obras junto às prefeituras-, afirmou.
Bolsonaro ainda afirmou que o Nordeste tem recebido recursos abundantes do governo federal e que não vai admitir que governadores do Maranhão e da Paraíba -façam politicalha perante a minha pessoa-. A declaração ocorre menos de uma semana depois de um levantamento feito pelo Estadão mostrar que a liberação de recursos pela Caixa Econômica para a região caíram de 21% no mesmo período de 2018 para 2,2% neste ano.
Nesta segunda, ele foi à Bahia para inaugurar a primeira etapa da Usina Solar Flutuante, erguida pela Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) em Sobradinho. O projeto foi licitado na gestão de Dilma Rousseff (PT) e foi iniciado durante a gestão de Michel Temer (MDB). Coube a Bolsonaro a conclusão. O projeto foi orçado em R$ 55 milhões. A usina possui 3.792 painéis solares e potência instalada de um megawatt pico.
Blog do Suetoni Souto Maior