Para comemorar os 434 anos de João Pessoa, o prefeito Luciano Cartaxo entregou, na manhã desta segunda-feira (5) o Novo Parque da Bica com um conceito renovado e que convida os visitantes a uma nova experiência com a natureza. Abrigando há quase um século diversas espécies da fauna e flora, esta é maior intervenção já realizada no Parque Zoobotânico Arruda Câmara. Além de oferecer espaços mais adequados para os animais, promove uma nova conexão e um convívio mais aprofundado de pessoenses e turistas de todas as idades com a Bica através de uma série de novos serviços e atrações.
“Essa obra promove o resgate da memória afetiva das pessoas que têm uma forte ligação com a cidade e com a Bica, um resgate histórico e cultural e também de construção de uma nova relação das pessoas com o meio ambiente, pra estimular a prática de ações de conscientização e preservação. Conseguimos fazer algo diferenciado que integra a Bica ao bairro e uma estrutura interna que traz mais harmonia, bem-estar e qualidade de vida para as pessoas”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
A transformação do Novo Parque da Bica começa desde a entrada com um pórtico que simboliza um ‘portal’ para esta nova experiência. A Bilheteria, que antes ficava às margens da Avenida Gouveia Nóbrega, ganhou uma nova estrutura mais moderna localizada no final da Rua Sizenando Costa, próximo à área de estacionamento, com vagas para 100 veículos. A mudança permitiu também a adequação da Bica às normas de acessibilidade, com estes espaços em um mesmo nível, e maior controle do acesso ao Parque.
O Canteiro das Palmeiras, um dos principais pontos de encontro dos visitantes, também passou por transformações, valorizando ainda mais as palmeiras imperiais que enfeitam o espaço. Foi alterado o traçado urbanístico da região, preservando o paisagismo e potencializando a sociabilidade, agora com bancos e lanchonetes padronizadas em uma praça de alimentação instalada próximo à entrada da Bica.
O Parque ganhou três novas trilhas ecológicas: a Trilha das Águas, a Trilha Sensorial e a EcoTrilha. Na primeira, o visitante caminha descalço dentro de um córrego, sentindo a energia da natureza correndo pelos pés; a segunda, o visitante realiza vendado, tocando na vegetação nativa e trabalhando os demais sentidos do corpo durante o trajeto; a terceira trilha é a maior de todas e dá a volta em toda a botânica do parque, uma forma do visitante simbolicamente abraçar a natureza que está no entorno.
Educação ambiental – O setor de Educação Ambiental também fica mais forte nesta nova fase do Parque Zoobotânico Arruda Câmara. O Jardim Sensorial, focado em pessoas com algum tipo de limitação visual, foi ampliado e requalificado, sendo um espaço agora destinado também às crianças e idosos que queiram imergir na experiência botânica. O Orquidário da Bica também foi requalificado e reativado. Quem visitar o local poderá apreciar e aprender mais sobre espécies nativas e raras, com palestras, cursos e oficinas na área.
A Educação Ambiental também terá um calendário de cursos abertos ao público. Serão ofertadas capacitações nas áreas de jardinagem, compostagem, entre outras. O local também será mais um polo do AnimaCentro, com atividades, todos os sábados e domingos, voltadas para a conscientização e preservação do meio ambiente para as crianças.
Práticas Integrativas – Voltada para as pessoas, a Bica coloca os indivíduos e a natureza como protagonistas nesta nova fase. Dentro deste contexto, estão as Práticas Integrativas, que serão potencializadas a partir de agora. Ao lado da Auriculoterapia e da Terapia Floral Saint Germain, já ofertados pelo Parque, serão disponibilizadas outras práticas como Acupuntura, Massagem Terapêutica, Tai Chi Chuan e Ioga. Também serão oferecidos sucos de plantas medicinais e chás da tarde. Todo o material utilizado é proveniente da flora do parque. Com estes novos serviços, a Bica vai saltar de 1.300 para quatro mil atendimentos por ano.
Conforto aos animais – O Parque Zoobotânico Arruda Câmara reabre com mais conforto e qualidade aos animais acolhidos, maior parte originária de cativeiros em péssimas condições de sobrevivência. Eles encontram na Bica uma equipe multiprofissional que trata e reabilita suas funções para que possam voltar a viver com mais conforto. Na primeira etapa de execução de das obras, as principais intervenções foram no Recinto dos Jacarés e no Espaço Falconiforme.
O Recinto dos Jacarés, hoje considerado um dos melhores do Brasil, foi requalificado. Ele passou por reformas de restauração, aumentando sua potencialidade. Também foi criada uma Ilha Solarium, um espaço onde os répteis equilibram a temperatura corporal. Além disto, foi melhorado o sistema de apreciação do espaço, garantindo uma vista mais respirável e com melhores condições de acessibilidade aos visitantes. O Espaço Falconiforme também passou por melhorias estruturais, dando mais espaço e conforto às aves de rapina.