A Justiça autorizou, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), uma perícia particular para ajudar na investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Promotores enviaram os cinco celulares apreendidos com Ronnie Lessa e Élcio Queiroz – presos em março, denunciados pelo atentado – a uma empresa de dados em SP.
“O órgão público incumbido das perícias oficiais – no caso, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli – não dispõe de tecnologia adequada para a devida extração dos dados contidos nos aparelhos iPhone (Apple), haja vista que se encontram bloqueados com senhas de acesso”, diz o documento, obtido com exclusividade pela GloboNews.
O MPRJ cita uma empresa paulista, com a qual firmou contrato, no pedido à Justiça – enviado em 24 de abril e deferido dias depois. “Para tentativa de desbloqueio, se faz necessária a utilização de tecnologia de ponta, através de software da empresa Cellebrite”, destaca.
Os investigadores pretendem vasculhar conversas em aplicativos de troca de mensagens criptografadas, fotos, áudios e vídeos.
Esses arquivos podem estar disponíveis apenas fisicamente nos celulares apreendidos, e não na nuvem, quando o armazenamento é remoto.
A Globonews apurou que até agora, quase cinco meses depois de os celulares terem sido apreendidos, os investigadores ainda não tiveram acesso aos dados dos aparelhos.