A Secretaria de Saúde de Campina Grande instaurou, através de portaria publicada no Semanário Oficial, uma sindicância para apurar as denúncias realizadas por médicos cirurgiões do Hospital da FAP, referência no atendimento a pessoas com câncer na região. Segundo os profissionais, os códigos das Autorizações para Internações Hospitalares (AIH’s) estariam sendo alterados irregularmente.
De acordo com a portaria, a comissão estabelecida para a investigação tem um prazo de trinta dias, podendo renovar por mais trinta, para concluir o relatório final.
Os médicos cirurgiões estão com as atividades paralisadas há uma semana. De acordo com o documento da denúncia, enviado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público Estadual (MPPB), a auditoria da Secretaria Municipal de Saúde teria fraudado o código das autorizações das AIH, com o objetivo de diminuir os valores pagos por procedimentos médicos realizados na unidade de saúde.
Na última sexta-feira (5) eles se reuniram com representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Secretaria de Saúde do município. Os profissionais exigiram a substituição da auditoria responsável por analisar os procedimentos realizados no hospital da FAP.
A mudança, no entanto, depende de um parecer da Procuradoria do Município, já que os profissionais do setor são concursados. A Secretaria se comprometeu a ressarcir os cirurgiões casos ao final das investigações fique comprovado que ocorreu algum tipo de irregularidade e prejuízos para a categoria.
Com a greve dos médicos, as cirurgias eletivas oncológicas foram suspensas por tempo indeterminado. Apenas as cirurgias urgentes foram mantidas. Em média, 6 a 8 cirurgias por dia estão suspensas na unidade de saúde. Outros serviços, como quimioterapia e radioterapia, não foram afetados.
G1