O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que não pretende deixar o cargo por causa das mensagens reveladas com procuradores da Lava Jato à época que era o juiz à frente da investigação na primeira instância.
-Não vai ser por causa de falsos escândalos que vou desistir dessa missão-, disse, referindo-se à consolidação dos avanços no combate à corrupção e ao crime organizado. Moro se refere à publicação das mensagens como -revanchismo- e afirmou que o hacker tem interesse principal de impedir novas investigações e anular condenações.
Na entrevista, publicada neste domingo (7), o ministro admite que -pode ter mensagens que tenham ocorrido-, citando como exemplo o trecho revelado In Fux, we trust. -Confio no ministro do Supremo-. Qual é o problema em falar nisso? Problema nenhum. Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens, disse, repetindo que deveria ter sido averiguada a autenticidade do material.
Em relação à suposta interferência em uma possível delação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Moro disse que a atribuição não era dele, e sim do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria Geral da República (PGR).
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