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Bolsonaro escolhe PM da reserva para Secretaria Geral da Presidência

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta sexta-feira (21) o advogado e major da Polícia Militar Jorge Antonio de Oliveira Francisco para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, no lugar de Floriano Peixoto Neto que, por sua vez, vai assumir a presidência dos Correios.

Pouco antes do anúncio oficial as informações foram antecipadas ao blog pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. É a quarta troca de ministros em quase seis meses de governo.

Bolsonaro anunciou as mudanças em pronunciamento à imprensa, no Palácio do Planalto, ao lado de Floriano Peixoto Neto e Jorge Antonio de Oliveira Francisco.

Floriano Peixoto Neto substitui o general Juarez Cunha, que teve a demissão anunciada por Bolsonaro na semana passada, durante encontro com jornalistas.

O presidente justificou a demissão pelo comportamento “sindicalista” de Cunha, que se manifestou contrários à privatização dos Correios, avalizada pelo presidente.

Jorge Antonio de Oliveira Francisco será o terceiro ministro a comandar a pasta em quase seis meses de governo. Antes dele passaram pela pasta Gustavo Bebianno e Floriano Peixoto.

Oliveira trabalha desde o início do governo Bolsonaro à frente da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), órgão que analisa a legalidade dos atos presidenciais.

Nesta semana, uma medida provisória assinada por Bolsonaro deslocou a SAJ da Casa Civil para a Secretaria-Geral.

Durante o pronunciamento no Palácio do Planalto, Oliveira informou que, em um primeiro momento, acumulará a função de ministro com a chefia da SAJ. Bolsonaro declarou que advogado o acompanha há mais de 15 anos e é uma “pessoa muito afeita a burocracia”.

Novo ministro

Advogado e policial militar da reserva, Oliveira concluiu o ensino médio no Colégio Militar de Brasília e chegou ao posto de major na Polícia Militar do Distrito Federal. Ele passou para a reserva em 2013.

Formado em Direito, Oliveira fez curso de produção de conhecimentos e operações na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e trabalhou de 2003 a 2018 no Congresso Nacional.

O novo ministro foi assessor parlamentar da PM-DF e assessor jurídico de Jair Bolsonaro, que era deputado federal. Ele trabalhou com o filho do presidente, o também deputado Eduardo Bolsonaro, nas funções de chefe de gabinete e assessor jurídico do parlamentar.

Mudanças

Com a mudança na Secretaria-Geral, Bolsonaro soma quatro mudanças em sua equipe ministerial em quase seis meses de governo. As outras mudanças foram:

Bolsonaro afirmou que não “há previsão” de novas mudanças no primeiro escalão do governo e reconheceu que a articulação política tinha problemas.

Nesta semana, Bolsonaro tirou a articulação junto ao Congresso de Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, e passou a atribuição para o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá a Secretaria de Governo.

Onyx, por sua vez, comandará o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelas concessões e privatizações.

Outros assuntos

Depois do pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre outros temas ao responder questionamentos da imprensa em entrevista coletiva.

G1

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