Na manhã desta terça-feira (4), a vereadora Raíssa Lacerda (PSD) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para denunciar o mau atendimento no Hospital da Unimed, na Capital paraibana. Na ocasião, a parlamentar solicitou que o Legislativo Pessoense formalize uma denúncia junto ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM) contra a empresa.
“Sabemos que a saúde do país passa por problemas, mas nada justifica o mau atendimento em um hospital como o da Unimed da nossa cidade”, criticou a vereadora. Ela revelou que, na tarde de ontem (3), esteve no hospital com seu pai, que tem 83 anos, e não havia ninguém para fazer um eletrocardiograma, nem prescrever medicação. “Segundo fui informada, por um maqueiro, o hospital estava lotado por pacientes com virose. Se está lotado, ponha mais funcionários para prestar um serviço adequado a população”, afirmou.
A vereadora sugeriu que a CMJP formalize uma denúncia junto ao MPPB e ao CRM contra a empresa, e solicitou que essas entidades criem uma força de trabalho para melhorar o atendimento no Hospital da Unimed de João Pessoa.
Raíssa Lacerda fez questão de exaltar o trabalho e a eficiência do médicos pessoenses, e denunciou que os repasses dos planos de saúde para esses profissionais são “baixíssimos”, mesmo com os valores “altíssimos” dos planos. “Meus pais pagam um plano de mais de cinco mil reais e o atendimento é péssimo. Além disso, o repasse para os médicos é mínimo. Levei meu pai para outro hospital particular, ele já foi atendido e passa bem. O atendimento da Unimed, hoje, é pior do que o do SUS (Sistema Único de Saúde)”, alegou.
A vereadora ainda fez outras denúncias sobre a Unimed. “O hospital recusou-se a atender uma gestante, alegando carência do plano. Ela teve que ir para o Instituto Cândida Vargas. E se tivesse morrido por falta de atendimento? Com a vida não se brinca. Fora isso, tem o que considero um absurdo: o pagamento do estacionamento no hospital da Unimed. Além do mais, continuam vendendo os planos como se houvesse um transporte aéreo de emergência, que não existe mais”, informou.