Reitores das universidades federais da Paraíba e de Campina Grande e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) terão uma reunião, na próxima quinta-feira (30), com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em Brasília. O objetivo é tentar sensibilizar o governo em relação ao corte no orçamento das instituições de ensino.
O encontro foi articulado pela bancada federal da Paraíba, coordenada pelo deputado Efraim Filho (DEM). Além dos reitores, deputados federais e senadores do estado participarão da audiência.
Na manhã desta segunda-feira (27), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) promoveu um debate sobre a suspensão no repasse de verbas para a Educação, com a participação dos reitores e dos deputados federais Efraim Filho (DEM), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Wilson Santiago (PTB) e do senador Veneziano Vital (PSB).
Reunião na Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou na manhã desta segunda-feira (27), uma reunião para debater os cortes das instituições federais de ensino promovido pelo governo federal. Além dos deputados estaduais, a reunião contará ainda com a presença de deputados federais, reitores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) e representantes do Ministério Público Estadual (MPPB).
A reitora da UFPB, Margareth Diniz, e destacou a importância do debate desta manhã, já que na sua visão, através desse debate, as universidades e institutos federais de ensino superior em todo o Brasil podem mostrar aos parlamentares a sua importância para o desenvolvimento social e de pesquisa no país.
Margareth reforçou que as 63 universidades federais estão ou estarão participando de diálogos como esse nas assembleias legislativas de seus respectivos estados, e que esses encontros são importantes para cada UF viabilizar seus diálogos com o Ministério da Educação.
A reitora citou que foi criado um fórum, que participam os reitores das principais instituições de ensino superior do estado (UFPB, UFCG, IFPB e UEPB), e que também há um grupo com os 63 reitores das universidades federais que vão sempre dialogando entre si em prol da melhora da educação superior no país, em “tempo real”.
Perguntada sobre o contingenciamento anunciado pelo governo Bolsonaro, a reitora da UFPB, disse que se a situação não for revertida, não haverá uma área da UFPB que será atingida primeiro, e que a universidade encerraria suas atividades em todas as frentes, quando os recursos se esgotassem.
IFPB pode ficar inoperante
Nicácio Lopes, reitor do IFPB, também exaltou a importância dessas conversas estarem acontecendo em âmbito nacional, também com a participação de reitores de institutos federais de ensino. o reitor disse que se o bloqueio permanecer, o IFPB estaria inoperante já em setembro desde ano.
“Não é subtraindo recursos das áreas sociais que nós vamos ter uma solução para a situação do quadro econômico brasileiro”, finalizou. Atualmente, a instituição segue suas atividades normalmente.
O senador Veneziano Vital (PSB) considerou inadmissíveis os cortes. “Expor a educação brasileira a esses riscos com os contingenciamentos bloqueios ou mesmo cortes […] é inadmissível quando observamos que existem quedas nos indicadores da educação, você ter no governo (federal), que é um governo evidentemente fiscalista, anúncios para fazer esses bloqueios.”, concluiu o senador.
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