Em ato assinado em conjunto com o ministro Sergio Moro (Justiça), o presidente Jair Bolsonaro voltou a nomear Marcelo Álvaro Antônio para o cargo de Ministro do Turismo. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (7).
Álvaro Antônio foi exonerado nesta quarta (6) da função para tomar posse como deputado federal, cargo para o qual foi eleito em outubro pelo PSL de Minas.
Inicialmente sem explicações, sua saída gerou desconfianças sobre se teria relação com o esquema de candidaturas laranjas em Minas, que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao gabinete de Álvaro Antônio Câmara, conforme revelou reportagem da Folha desta última segunda-feira (4).
Após indicação do PSL de Minas, presidido à época pelo próprio ministro, o comando nacional do partido de Bolsonaro repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
Após a divulgação de sua exoneração, o ministro foi às redes sociais explicar que se tratava de decisão temporária para assumir mandato na Câmara e que ele retornará no dia seguinte ao Ministério.
Álvaro Antônio foi ao Plenário da Câmara em cadeira de rodas, permaneceu apenas o tempo necessário para que fosse cumprido o protocolo da posse e depois deixou a Casa. Ele disse que realizou uma cirurgia na perna, mas que a partir desta quinta estará recuperado para reassumir a pasta do Turismo.
Folha de São Paulo