O governador João Azevedo, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, afirmou que, diante das expectativas de receitas para 2019, não irá aumentar o repasse do duodécimo para os demais poderes. E que manterá os mesmos valores de 2018. O problema foi ter esquecido da Universidade Estadual da Paraíba, que foi reduzida de R$ 317 milhões (2018) para apenas R$ 292 milhões, este ano.
Segundo o sindicalista Nelson Júnior, dirigente da Aduepb (Associação dos Docentes da UEPB), “como resultado dessa redução orçamentária, nós teremos seis mil alunos a menos na Universidade Estadual da Paraíba” e tem conclamado a comunidade acadêmica a pressionar o governador a rever os números: “A UEPB não pode ser tratada dessa forma, como vem sendo nos últimos oito anos.”
É bem verdade que a redução foi uma imposição do ex Ricardo Coutinho, quando enviou a LOA (Lei Orçamentária Anual) para aprovação na Assembleia. Ocorre que, segundo a UEPB, sequer o valor do duodécimo dos anos anteriores foi respeitado: “Houve redução em mais de R$ 25 milhões e isso traz imensos prejuízos letivos para a comunidade acadêmica.”
Entrevista – “Não temos como aumentar duodécimos, seja do Judiciário, do Ministério Público, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, porque é em função da receita. Se não tem aumento de receita, não podemos aumentar a despesa”, pontuou João Azevedo. E insiste: “O orçamento é o mesmo do ano passado. Não há acréscimo.”
Da Redação com Blog do Helder Moura
