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MP deflagra operação que apura organização criminosa na Cruz Vermelha, que administra Hospital de Trauma no governo Ricardo Coutinho

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O Ministério Público da Paraíba deflagrou  na manhã desta sexta-feira (14), em João Pessoa, a Operação Calvário e mira uma suposta organização criminosa instaurada na Cruz Vermelha do Brasil, que administra o Hospital de Trauma desde o inicio do governo Ricardo Coutinho. A ação tem a participação da Policia Federal e é conjunta com os Ministérios Públicos dos estados do Rio de Janeiro e Goiás.

O Tá na Área vem denunciando a organização, tida como social pelo administração de Ricardo Coutinho, desde o inicio do ano. Um levantamento realizado junto ao Sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado, revelou que o Governo Ricardo Coutinho deve repassar à Cruz Vermelha mais de R$ 1 bilhão até o final do ano. O contrato do Governo do Estado com a Cruz Vermelha gaúcha iniciou em 13 de julho de 2011, no primeiro ano da gestão.

O coordenador do Gaeco na Paraíba, Otávio Paulo Neto, informou que trata-se de um esforço investigativo no qual foi possível divisar inúmeras condutas delituosas praticadas no âmbito de organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha do Brasil – filial do Rio Grande do Sul, dentre outros organismos não  governamentais, incluindo o Órgão Central da Cruz Vermelha no Brasil, a filial no Estado de Sergipe e o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional, registra O MaisPB.

Conforme apurado no curso das investigações, a organização criminosa infiltrada no órgão é comandada por Daniel Gomes da Silva, ex-dirigente da empresa TOESA SERVICE S/A, que já possui anterior condenação criminal em primeira instância, pelo crime de peculato, em razão de sua empresa ter sido contratada por valores superfaturados para o serviço de manutenção de ambulâncias à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.  Operando sob a denominação e o CNPJ destas entidades não governamentais, a organização criminosa  obteve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão de reais em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em outras unidades da Federação.

Além de desviar recursos públicos, a organização criminosa ainda se apropriou indevidamente de recursos privados que haviam sido confiados à ao órgão central a Cruz Vermelha (posteriormente sucedida pela filial da CVB no Estado de Sergipe) pela empresa multinacional HYDRO ALUNORTE3, para gestão de projeto de recuperação de acidente ambiental ocorrido no Município de Barcarena, no Estado do Pará.

Por intermédio desses mecanismos, foram desviados milhões em recursos públicos da saúde, no período entre julho de 2011 e a presente data, sendo certo que tal estimativa é muito inferior ao valor real do dano causado ao patrimônio público, dado que somente foram computadas as despesas da CVB-RS com uma pequena parcela de fornecedores que prestam serviços em unidades de saúde do Município e do Estado do Rio de Janeiro, notadamente não alcançando os desvios de recursos públicos decorrentes da atuação da organização criminosa no Estado da Paraíba, onde a mesma vem auferindo centenas de milhões de reais desde o ano.

 

TánaÁrea

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