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Mourão diz que Onyx ‘terá que se retirar do governo’ se for comprovada ‘ilicitude’

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O vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta quarta-feira (5) que o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, terá que deixar o governo caso seja comprovado o envolvimento dele em irregularidades. A declaração foi feita depois de o político ser questionado por jornalistas em um evento em Belo Horizonte.

Onyx foi citado em delação de executivos do grupo J&F e, nesta terça-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin mandou instaurar procedimentos individuais de apuração a dez parlamentares. O deputado também é ministro extraordinário do gabinete de transição de Jair Bolsonaro (PSL).

“Uma vez que seja comprovado que houve a ilicitude é óbvio que o ministro Onyx, ele terá que se retirar do governo, mas por enquanto é uma investigação e ele prossegue aí com as tarefas dele. Nada mais do que isso”, disse Mourão.

Em nota divulgada após a decisão de Fachin, Onyx afirmou que, com a abertura do procedimento, terá oportunidade de prestar esclarecimento sobre o caso à Justiça “a exemplo do que já foi feito diante da opinião pública de meu estado e da sociedade brasileira”.

O vice-presidente da República eleito participou, em Belo Horizonte, de uma palestra com investidores, autoridades políticas e financeiras de todo o Brasil para discutir sobre o futuro do país.

No evento, o general também disse aos jornalistas que a pastora Damares “teria aceito” vaga na pasta de Direitos Humanos.

“Praticamente toda a equipe formada. Falta aí a questão do Meio Ambiente e Direitos Humanos. As notícias de hoje é que a Damares [pastora evangélica Damares Alves] teria aceito ser a ministra dos Direitos Humanos e o Meio Ambiente ainda tem uns conflitos ali, porque tem muitos atores interessados”, respondeu sobre a composição dos ministérios.

A presença feminina nos ministérios e a dificuldade de enxugamento também foram assuntos comentados.

“Pra mim, indiferente de gênero, eu julgo que a pessoa que seja mais competente pra aquela atividade é que deve ser colocada lá. Desde o começo, eu me referi que não era fácil reorganizar a Esplanada hoje com 29 ministérios. Nós acabamos ficando com total de 22 ministérios. A minha visão é que é grande, é grande, mas não houve condições nesse momento de se conseguir diminuir isso aí”, afirmou Mourão.

O vice-presidente eleito ainda defendeu mudanças no modelo trabalhista, afirmando que ele é “pesado” para os empresários.

“Existem muitas amarras ainda e fica pesado para o empresário quando ele contrata alguém. Tem aquela ideia da carteira verde e amarela, em que a pessoa, agora, ao entrar no mercado de trabalho, ela optaria em ter desconto, não ter desconto. Essa é uma ideia que está sendo tratada. Eu acho que tem que ter mais liberdade”, afirmou.

G1
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