A delação premiada do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, tratado como operador de propina para políticos do MDB e ligado ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi principal gatilho para a Operação Capitu, desdobramento da Lava Jato que cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PSC), no Altiplano.
Funaro cita o ex-emedebista quando é perguntado sobre a distribuição de propinas para deputados que faziam parte da estratégia de Cunha para ser eleito como presidente da Câmara Federal, objetivo alcançado em fevereiro de 2015.“Cerca de quinze a vinte milhões foram espalhados para ajudar nas campanhas de 2014 dos parlamentares”.
De acordo com a Polícia Federal, em 2014 um deputado federal da Paraíba teria recebido R$ 50 mil do grupo como contrapartida, em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma emenda, cujo objeto tinha natureza totalmente diversa do escopo da medida provisória nº 653/2014 na qual foi inserida.
Assista ao momento em que nome do vice-prefeito é citado por um dos investigadores da Polícia Federal aos 20:58:
Paraíba.com