Nesta quarta-feira (24), duas notas de repúdio foram emitidas por causa do episódio de agressão contra o professor de Bioquímica Anunciado Alves Melo, de 70 anos. Segundo informações, o professor foi empurrado e desrespeitado por um grupo de alunos e professores que participaram de um ato #elenão enquanto ministrava aula na Universidade Federal de Campina Grande.
O episódio, que aconteceu na terça-feira (23), foi narrado por uma testemunha no Facebook. veja:
A partir de então o Diretório Acadêmico de Medicina da instituição e o Hospital Universitário divulgaram nota de repúdio contra o ato. O médico André Brasileiro, preceptor de Urologia do HUAC/UFCG também se manifestou em solidariedade ao professor e repudiu a intolerância da atividade promovida por adversários de Jair Bolsonaro. Leia a nota:
“Amigos médicos, em atenção especial aos ex-alunos da Faculdade de Medicina de Campina Grande/CCBS/UFCG.Na semana passada, estávamos comemorando os 50 anos da Faculdade de Medicina de Campina Grande, momento em que pude abraçar, após anos, o professor Anunciado de Melo, querido mestre de bioquímica, quando fizemos a aposição da placa alusiva à data. E hoje amanheci sabendo da abominável agressão física e verbal que o mesmo sofreu enquanto defendia o direito de dar aula de maneira “laica e apartidária” como deve ser a universidade.
Vejam a que pontos chegamos! Um grupo de professores e alunos veio interromper a aula do professor Anunciado, de quem fui aluno e sou admirador, para fazer corpo a corpo pelo PT e pelo elenão. Após ouvir o que tinham a dizer, o professor Anunciado foi claro quando disse que a universidade deve ser laica e apartidária, não sendo a sala de aula local para fazer propaganda por candidato. Mas foi vítima da intolerância a partir dos que mais dizem pregar o ato de tolerar. Basta desse proselitismo barato! Eu voto em quem eu quero e pronto. E sala de aula é para aula, não para comício. Chega!”.
Da Redação