Um dos discursos foi proferido pelo deputado Aníbal Marcolino (Avante). Ele cobrou uma posição da coligação a qual faz parte – PT, Pros e Avante – sobre as aparições de candidatos no guia eleitoral. “Deveria acontecer o mais rápido possível uma reunião para resolver essa situação. Não é justo essa escolha de candidatos para aparecer”, disse.
Para o deputado, as aparições têm que ser feitas de forma democrática para que todos participem e que o povo possa escolher. “O que não é justo e nem certo é escolher dois, três candidatos que passam em horários nobres”, afirmou.
Durante o discurso na tribuna, Aníbal disse que não tinha visto muito o candidato Zé Paulo (PT) no guia da televisão e questionou: “Acredito que o senhor não é um dos escolhidos pelo partido para voltar a esta Casa. Tem que se dá o direito a qualquer um aparecer e pedir o seu voto. O que não podemos aceitar são dois pesos e duas medidas”, destacou.
Já o deputado Anísio Maia (PT) falou sobre a doação de R$ 500 mil feita pelo seu partido para a candidata do Pros, Manu Vinagre. O parlamentar disse que não se considera injustiçado. “Não tomei conhecimento pelos motivos de tal doação. O que veio para mim é satisfatório. Recebi R$ 44 mil. Minha campanha é barata. Isso paga a minha propaganda. Eu não tenho gastos exorbitantes. Estou satisfeito”, disse.
Anísio disse que recebeu praticamente de volta o que doou ao PT. “Se eu tivesse mais recursos eu doaria de boa vontade. É o meu partido. Estou há mais de 40 anos no PT”, afirmou Anísio ao falar sobre a doação de R$ 44 mil e a contribuição mensal de R$ 2.400 que doa ao partido.
“Eu não contava com muito dinheiro do PT. Até porque eu acho que tem que ir para a campanha de Lula e para as mulheres do PT, pois tem uma legislação que orienta o recurso para elas. Eu não vou questionar porque o que veio para mim foi o bastante”, garantiu o deputado.
Sem esforço na Casa
O presidente da Assembleia Legislativa, Gervásio Maia, descartou nessa terça-feira (25) a possibilidade de convocação de esforço concentrado para votação de matérias na próxima semana, reta final da campanha eleitoral deste ano. Apesar disso, Gervásio garantiu que haverá sessão ordinária, mesmo com as poucas presenças em plenário.
“Fizemos um acordo de líderes e esse acordo foi cumprido tanto pelos deputados de situação quanto de oposição. A pauta está rigorosamente em dia e o período exige muito de nós. O tempo inteiro, principalmente para deputados que visitam municípios. As atividades não se restringem ao prédio da Assembleia”, disse.
Para o presidente, não seria necessário convocar um esforço concentrado já que não existem matéias legislativas pendentes de apreciação. “O dever de casa está sendo rigorosamente cumprido. Não temos uma pauta extensa para votação. Dessa forma, seguimos com as nossas tarefas em dia”, garantiu.
Sobre as presenças em plenário, Maia disse que não pode cobrar as presenças dos deputados em plenário também na próxima semana. “Mesmo estando aqui, eu não posso impor que os deputados estejam presentes. Temos este ano uma eleição atípica, muito curta e que requer um empenho maior. A eleição é diferente da de 2014 em que tivemos bem mais tempo para fazer campanhas”, afirmou.
O deputado estadual Branco Mendes afirmou que mesmo que não seja possível realizar sessão na próxima semana, no dia 9 de outubro todos os deputados estarão na Casa para os trabalhos legislativos. “Trabalhando como devemos trabalhar”, afirmou.
Maia ainda afirmou ser contra o aumento no subsídio dos parlamentares, em virtude do momento econômico que o país enfrenta. “Não é hora de se tratar de aumento de parlamentar”, afirmou.