O governador Ricardo Coutinho não ficou muito feliz, ao ser informado que um empréstimo de R$ 700 milhões que havia solicitado ao Banco Mundial, com garantia da União, não deverá ser autorizado. A operação foi, recentemente, aprovada pela Assembleia, numa votação relâmpago. O seu governo, como se sabe, foi o que mais endividou a Paraíba, nas últimas décadas.
Revoltado, o governador declarou esta manhã (quinta, dia 13): “Infelizmente, não pudemos fazer esse empréstimo, apesar de a Paraíba ter toda a condição, por conta da perseguição em que o Estado foi vítima. Depois que uma presidente (Dilma Rousseff) foi derrubada, o Estado começou a ser visto como inimigo da federação ou do poder federal.”
E arrematou: “Mesmo equilibrado, como uma das menores relações entre dívida pública e receita corrente líquida, mesmo pagando em dia as suas contas, mesmo com capacidade de endividamento, foi negado ao estado a condição de contrair financiamentos.” O governador queria mais R$ 700 milhões para aplicar nos quatro últimos meses de sua gestão, segundo ele, em obras hídricas.