O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, recebeu na manhã desta terça-feira (10), a visita da vice-governadora e pré-candidata ao Governo do Estado, Lígia Feliciano, que esteve acompanhada do deputado federal Damião Feliciano. Na audiência, realizada no Gabinete da Reitoria, no Campus de Bodocongó, o reitor, o vice-reitor Flávio Romero e parte da equipe administrativa da Instituição apresentaram dados, números e gráficos referentes a realidade orçamentária da UEPB, comprovando os sucessivos cortes de recursos da Universidade.
Com base nos dados oficiais oriundos da Instituição e do próprio Governo do Estado, Rangel Junior enfatizou que a UEPB nunca pediu dinheiro a mais ao governo, mas apenas o repasse dos recursos a que tem direito, conforme assegura a própria Lei da Autonomia Financeira e a Constituição Federal. O reitor ressaltou que a Universidade apenas quer estabilidade e respeito a sua autonomia.
Rangel reafirmou que, no começo deste ano, o governo fez um novo corte R$ 27 milhões do orçamento, ignorando o acordo feito para o descongelamento das progressões funcionais dos servidores da UEPB, que previa manter para 2018 o mesmo orçamento de 2017, sem redução. Ele enfatizou ainda que, para garantir que o orçamento executado no ano passado fosse, no máximo, igual ao de 2016, a Reitoria teve que reduzir despesas de pessoal e despesas gerais, abrindo mão de um orçamento de R$ 317 para R$ 307 milhões, conforme acordo com o Estado com a representação de todos os segmentos universitários.
O reitor entregou a pré-candidata, assim como fez com outros pré-candidatos que já visitaram a UEPB, cópias de inúmeros ofícios e documentos encaminhados ao governo e aos secretários de Estado, mostrando a real situação da UEPB, sem obter resposta sobre nenhum deles. “O governo nunca socorreu a Universidade para pagar o 13º salário. Não teve um ano sequer que o governador precisasse socorrer a Universidade. Ele sempre reteve parte do orçamento da Instituição”, enfatizou.
Flávio Romero reforçou que a quebra da autonomia da UEPB começou em 2011, quando o governo deixou de repassar os recursos para a conta tesouro da Instituição e apenas fixando mensalmente no Sistema de Administração Financeira (SIAF) o valor que achava ser pertinente, desconsiderando, inclusive, os valores de orçamentos aprovados a cada ano na Lei Orçamentária Anual (LOA) pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).
Ao término da audiência, o reitor Rangel Junior avaliou como importante o encontro com a vice-governadora e disse que considera extremamente importante que a UEPB possa mostrar, através de dados oficiais, a sua situação financeira. “O que queremos é que cada pré-candidato ao governo da Paraíba, realmente revele interesse pela Instituição e no diálogo. Considero importante a visita, assim como o pré-candidato Lucélio Cartaxo e o pré-candidato José Maranhão já vieram à UEPB”, salientou.
Lígia Feliciano também avaliou como positiva a visita e ressaltou que veio à Instituição na condição de pré-candidata. Lígia disse que faz parte do seu perfil ouvir e estabelecer canais de diálogo e destacou que veio à UEPB para conhecer a situação da Universidade e formar o seu posicionamento. “Tive a oportunidade de conhecer a realidade e as dificuldades da Instituição e assumo o compromisso de manter sempre esse diálogo. Como pré-candidata, vim para entender os problemas da UEPB. Acho que o diálogo é fundamental para que haja um entendimento entre as instituições”, destacou.
Participaram ainda da reunião as pró-reitoras de Gestão de Pessoas (PROGEP) e de Gestão Financeira (PROFIN), Célia Regina Diniz e Giovana Carneiro, respectivamente, além da pró-reitora adjunta de Planejamento e Orçamento, Pollyana Xavier.
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