O plano de Jair Bolsonaro (PSL) para a Previdência pode ter aposentadoria em etapas e poupança semelhante a Tesouro Direto como forma de complementação. A proposta ainda está em formulação, mas pode ser apresentada ainda no mês de julho.
Cerca de 30 pessoas trabalham no plano de governo do pré-candidato à Presidência.
O tópico previdenciário é encabeçado pelo economista Abraham Weintraub. Ele afirma que as discussões para o documento têm como ponto de partida suas próprias ideias sobre o tema. Cita 1 texto de sua autoria publicado em 2017 na Revista Brasileira de Previdência.
Na publicação, Weintraub defende o que chama de “aposentadoria fásica” (em etapas) e a “PIÁ” (Poupança Individual de Aposentadoria). A essência do artigo indica para o seguinte:
- aposentadoria fásica – abrangeria a maior parte da população. A ideia é que parcelas mais pobres tenham acesso ao benefício mais cedo e que o valor aumente de forma gradual. Weintraub usa 1 exemplo no texto: o trabalhador começaria a receber 25% do salário mínimo aos 55 anos. O valor cresceria até atingir a integridade;
- PIÁ – seria uma capitalização individual de cada segurado. Serviria para complementar a contribuição. Usa o Tesouro Direto como comparação, mas com isenção tributária.
As ideias ainda estão sendo debatidas, mas servem para dar uma noção do que poderá ser o plano de Bolsonaro para a Previdência caso o militar vença as eleições deste ano.
O pré-candidato tem defendido a realização de uma reforma da Previdência. Repete, no entanto, que fará uma proposta capaz de passar pelo “filtro da Câmara e do Senado Federal”, o que dá entender que poderá flexibilizar o texto a fim de conseguir uma aprovação.